Sobre "Silvina Viana Falaschi"...

Como filha nunca tive acesso ao curriculum vitae formal de minha mãe. Não sei os nomes completos das escolas que ela freqüentou e etc., mas posso escrever a você que ela era dedicadíssima à sua profissão; era extremamente eficiente.
Cresci acompanhando suas aulas desde a minha infância e essas são ótimas recordações. Na verdade, pela entonação que as minhas professoras das escolas formais que freqüentei usavam, eu já sabia qual era a próxima palavra. Eu já havia aprendido com minha mãe.
Sempre gostei de assistir suas aulas e ela sempre exigiu que a gente se expressasse da maneira mais correta possível, sem erros de português e de preferências sem gírias.
Até levei um choque uma vez, quando meu filho que estava na pré-escola disse que não gostava de fazer algumas atividades escolares: - Eu sempre achei estudar maravilhoso, o máximo e nunca havia passado pela minha cabeça que alguém no mundo não gostasse de estudar.
Esse entusiasmo pela vida escolar foi uma das coisas importantíssimas que ela me ensinou através da sua dedicação profissional, diria até do seu sacerdócio profissional. Uma outra coisa foi um princípio básico da vida: - A Fortaleza, A Responsabilidade. Pois ela era forte. Ela ajudou a toda a sua família de origem muito humilde a ter acesso ao saber, à boa convivência social.
Você sabe “Mil Fracos não fazem um forte”. Pois ela era assim: - Forte!
Nós que convivemos com ela aprendemos isso. Procurar fazer sempre o melhor na sua função, qualquer que seja ela. Não existe uma função mais importante, todas estão interligadas porque não existe um ser humano no mundo que saiba fazer tudo sozinho, pois ela era assim; ela ensinava isso!
Eu poderia escrever muito mais sobre tudo que ela nos ensinou, gravou na nossa vida; marcou nossa existência com essa sabedoria do “forte”, mas, se eu pudesse dizer algo a ela agora, eu diria: - Obrigado mãe e desculpe aí a gíria... Mandou bem, valeu!

Dra. Maria Clarinda