quarta-feira, 12 de dezembro de 2012
segunda-feira, 26 de novembro de 2012
segunda-feira, 19 de novembro de 2012
terça-feira, 19 de junho de 2012
Viva Paulo Freire!
Olavo de Carvalho
Diário do Comércio, 19 de abril de 2012
Vocês conhecem alguém que tenha sido alfabetizado pelo método Paulo Freire? Alguma dessas raras criaturas, se é que existem, chegou a demonstrar competência em qualquer área de atividade técnica, científica, artística ou humanística? Nem precisam responder. Todo mundo já sabe que, pelo critério de “pelos frutos os conhecereis”, o célebre Paulo Freire é um ilustre desconhecido.
As técnicas que ele inventou foram aplicadas no Brasil, no Chile, na Guiné-Bissau, em Porto Rico e outros lugares. Não produziram nenhuma redução das taxas de analfabetismo em parte alguma.
Produziram, no entanto, um florescimento espetacular de louvores em todos os partidos e movimentos comunistas do mundo. O homem foi celebrado como gênio, santo e profeta.
Isso foi no começo. A passagem das décadas trouxe, a despeito de todos os amortecedores publicitários, corporativos e partidários, o choque de realidade. Eis algumas das conclusões a que chegaram, por experiência, os colaboradores e admiradores do sr. Freire:
“Não há originalidade no que ele diz, é a mesma conversa de sempre. Sua alternativa à perspectiva global é retórica bolorenta. Ele é um teórico político e ideológico, não um educador.” (John Egerton, “Searching for Freire”, Saturday Review of Education, Abril de 1973.)
“Ele deixa questões básicas sem resposta. Não poderia a ‘conscientização’ ser um outro modo de anestesiar e manipular as massas? Que novos controles sociais, fora os simples verbalismos, serão usados para implementar sua política social? Como Freire concilia a sua ideologia humanista e libertadora com a conclusão lógica da sua pedagogia, a violência da mudança revolucionária?” (David M. Fetterman, “Review of The Politics of Education”, American Anthropologist, Março 1986.)
“[No livro de Freire] não chegamos nem perto dos tais oprimidos. Quem são eles? A definição de Freire parece ser ‘qualquer um que não seja um opressor’. Vagueza, redundâncias, tautologias, repetições sem fim provocam o tédio, não a ação.” (Rozanne Knudson, Resenha da Pedagogy of the Oppressed; Library Journal, Abril, 1971.)
“A ‘conscientização’ é um projeto de indivíduos de classe alta dirigido à população de classe baixa. Somada a essa arrogância vem a irritação recorrente com ‘aquelas pessoas’ que teimosamente recusam a salvação tão benevolentemente oferecida: ‘Como podem ser tão cegas?’” (Peter L. Berger, Pyramids of Sacrifice, Basic Books, 1974.)
“Alguns vêem a ‘conscientização’ quase como uma nova religião e Paulo Freire como o seu sumo sacerdote. Outros a vêem como puro vazio e Paulo Freire como o principal saco de vento.” (David Millwood, “Conscientization and What It's All About”, New Internationalist, Junho de 1974.)
“A Pedagogia do Oprimido não ajuda a entender nem as revoluções nem a educação em geral.” (Wayne J. Urban, “Comments on Paulo Freire”, comunicação apresentada à American Educational Studies Association em Chicago, 23 de Fevereiro de 1972.)
“Sua aparente inabilidade de dar um passo atrás e deixar o estudante vivenciar a intuição crítica nos seus próprios termos reduziu Freire ao papel de um guru ideológico flutuando acima da prática.” (Rolland G. Paulston, “Ways of Seeing Education and Social Change in Latin America”, Latin American Research Review. Vol. 27, No. 3, 1992.)
“Algumas pessoas que trabalharam com Freire estão começando a compreender que os métodos dele tornam possível ser crítico a respeito de tudo, menos desses métodos mesmos.” (Bruce O. Boston, “Paulo Freire”, em Stanley Grabowski, ed., Paulo Freire, Syracuse University Publications in Continuing Education, 1972.)
Outros julgamentos do mesmo teor encontram-se na página de John Ohliger, um dos muitos devotos desiludidos (http://www.bmartin.cc/dissent/documents/Facundo/Ohliger1.html#I).
Não há ali uma única crítica assinada por direitista ou por pessoa alheia às práticas de Freire. Só julgamentos de quem concedeu anos de vida a seguir os ensinamentos da criatura, e viu com seus própios olhos que a pedagogia do oprimido não passava, no fim das contas, de uma opressão da pedagogia.
Não digo isso para criticar a nomeação póstuma desse personagem como “Patrono da Educação Nacional”. Ao contrário: aprovo e aplaudo calorosamente a medida. Ninguém melhor que Paulo Freire pode representar o espírito da educação petista, que deu aos nossos estudantes os últimos lugares nos testes internacionais, tirou nossas universidades da lista das melhores do mundo e reduziu para um tiquinho de nada o número de citações de trabalhos acadêmicos brasileiros em revistas científicas internacionais. Quem poderia ser contra uma decisão tão coerente com as tradições pedagógicas do partido que nos governa? Sugiro até que a cerimônia de homenagem seja presidida pelo ex-ministro da Educação, Fernando Haddad, aquele que escrevia “cabeçário” em vez de “cabeçalho”, e tenha como mestre de cerimônias o principal teórico do Partido dos Trabalhadores, dr. Emir Sader, que escreve “Getúlio” com LH. A não ser que prefiram chamar logo, para alguma dessas funções, a própria presidenta Dilma Roussef, aquela que não conseguia lembrar o título do livro que tanto a havia impressionado na semana anterior, ou o ex-presidente Lula, que não lia livros porque lhe davam dor de cabeça.
Diário do Comércio, 19 de abril de 2012
Vocês conhecem alguém que tenha sido alfabetizado pelo método Paulo Freire? Alguma dessas raras criaturas, se é que existem, chegou a demonstrar competência em qualquer área de atividade técnica, científica, artística ou humanística? Nem precisam responder. Todo mundo já sabe que, pelo critério de “pelos frutos os conhecereis”, o célebre Paulo Freire é um ilustre desconhecido.
As técnicas que ele inventou foram aplicadas no Brasil, no Chile, na Guiné-Bissau, em Porto Rico e outros lugares. Não produziram nenhuma redução das taxas de analfabetismo em parte alguma.
Produziram, no entanto, um florescimento espetacular de louvores em todos os partidos e movimentos comunistas do mundo. O homem foi celebrado como gênio, santo e profeta.
Isso foi no começo. A passagem das décadas trouxe, a despeito de todos os amortecedores publicitários, corporativos e partidários, o choque de realidade. Eis algumas das conclusões a que chegaram, por experiência, os colaboradores e admiradores do sr. Freire:
“Não há originalidade no que ele diz, é a mesma conversa de sempre. Sua alternativa à perspectiva global é retórica bolorenta. Ele é um teórico político e ideológico, não um educador.” (John Egerton, “Searching for Freire”, Saturday Review of Education, Abril de 1973.)
“Ele deixa questões básicas sem resposta. Não poderia a ‘conscientização’ ser um outro modo de anestesiar e manipular as massas? Que novos controles sociais, fora os simples verbalismos, serão usados para implementar sua política social? Como Freire concilia a sua ideologia humanista e libertadora com a conclusão lógica da sua pedagogia, a violência da mudança revolucionária?” (David M. Fetterman, “Review of The Politics of Education”, American Anthropologist, Março 1986.)
“[No livro de Freire] não chegamos nem perto dos tais oprimidos. Quem são eles? A definição de Freire parece ser ‘qualquer um que não seja um opressor’. Vagueza, redundâncias, tautologias, repetições sem fim provocam o tédio, não a ação.” (Rozanne Knudson, Resenha da Pedagogy of the Oppressed; Library Journal, Abril, 1971.)
“A ‘conscientização’ é um projeto de indivíduos de classe alta dirigido à população de classe baixa. Somada a essa arrogância vem a irritação recorrente com ‘aquelas pessoas’ que teimosamente recusam a salvação tão benevolentemente oferecida: ‘Como podem ser tão cegas?’” (Peter L. Berger, Pyramids of Sacrifice, Basic Books, 1974.)
“Alguns vêem a ‘conscientização’ quase como uma nova religião e Paulo Freire como o seu sumo sacerdote. Outros a vêem como puro vazio e Paulo Freire como o principal saco de vento.” (David Millwood, “Conscientization and What It's All About”, New Internationalist, Junho de 1974.)
“A Pedagogia do Oprimido não ajuda a entender nem as revoluções nem a educação em geral.” (Wayne J. Urban, “Comments on Paulo Freire”, comunicação apresentada à American Educational Studies Association em Chicago, 23 de Fevereiro de 1972.)
“Sua aparente inabilidade de dar um passo atrás e deixar o estudante vivenciar a intuição crítica nos seus próprios termos reduziu Freire ao papel de um guru ideológico flutuando acima da prática.” (Rolland G. Paulston, “Ways of Seeing Education and Social Change in Latin America”, Latin American Research Review. Vol. 27, No. 3, 1992.)
“Algumas pessoas que trabalharam com Freire estão começando a compreender que os métodos dele tornam possível ser crítico a respeito de tudo, menos desses métodos mesmos.” (Bruce O. Boston, “Paulo Freire”, em Stanley Grabowski, ed., Paulo Freire, Syracuse University Publications in Continuing Education, 1972.)
Outros julgamentos do mesmo teor encontram-se na página de John Ohliger, um dos muitos devotos desiludidos (http://www.bmartin.cc/dissent/documents/Facundo/Ohliger1.html#I).
Não há ali uma única crítica assinada por direitista ou por pessoa alheia às práticas de Freire. Só julgamentos de quem concedeu anos de vida a seguir os ensinamentos da criatura, e viu com seus própios olhos que a pedagogia do oprimido não passava, no fim das contas, de uma opressão da pedagogia.
Não digo isso para criticar a nomeação póstuma desse personagem como “Patrono da Educação Nacional”. Ao contrário: aprovo e aplaudo calorosamente a medida. Ninguém melhor que Paulo Freire pode representar o espírito da educação petista, que deu aos nossos estudantes os últimos lugares nos testes internacionais, tirou nossas universidades da lista das melhores do mundo e reduziu para um tiquinho de nada o número de citações de trabalhos acadêmicos brasileiros em revistas científicas internacionais. Quem poderia ser contra uma decisão tão coerente com as tradições pedagógicas do partido que nos governa? Sugiro até que a cerimônia de homenagem seja presidida pelo ex-ministro da Educação, Fernando Haddad, aquele que escrevia “cabeçário” em vez de “cabeçalho”, e tenha como mestre de cerimônias o principal teórico do Partido dos Trabalhadores, dr. Emir Sader, que escreve “Getúlio” com LH. A não ser que prefiram chamar logo, para alguma dessas funções, a própria presidenta Dilma Roussef, aquela que não conseguia lembrar o título do livro que tanto a havia impressionado na semana anterior, ou o ex-presidente Lula, que não lia livros porque lhe davam dor de cabeça.
Cuidados com o Livro
- Leia de mãos limpas;
- Folheie-o com delicadeza;
- Ao retirar o livro da estante, pegue-o pelo meio do lombo, suspendendo-o um pouco para não arrastá-lo;
- Jamais faça anotações no livro;
- Marque a página usando um marcador próprio;
- Nunca abra o livro além de sua capacidade de abertura;
- Caso molhe o livro, use ventilador, nunca estufa.
- Leia de mãos limpas;
- Folheie-o com delicadeza;
- Ao retirar o livro da estante, pegue-o pelo meio do lombo, suspendendo-o um pouco para não arrastá-lo;
- Jamais faça anotações no livro;
- Marque a página usando um marcador próprio;
- Nunca abra o livro além de sua capacidade de abertura;
- Caso molhe o livro, use ventilador, nunca estufa.
terça-feira, 29 de maio de 2012
sexta-feira, 25 de maio de 2012
Sobre a dinamizadora do curso...
Dinamizadora: Maria Imaculada Cardoso Sampaio
Maria Imaculada Cardoso Sampaio é doutoranda do Programa de Psicologia Experimental do Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo (IP/USP), mestre em Ciência da Informação, pela Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo, e especialista em Sistemas Automatizados de Informação, pela PUC-Campinas e SIBi/USP. É chefe-técnica da Biblioteca Dante Moreira Leite, do Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo, desde 1998, onde atua como bibliotecária desde 1990. Coordenadora-técnica da BVS-Psi ULAPSI Brasil e BVS-Psi ULAPSI, representa os bibliotecários junto à União Latino-americana de Entidades de Psicologia. Coordenou o Programa de Avaliação da Qualidade dos Produtos e Serviços do Sistema Integrado de Bibliotecas da USP, de 2002 a 2009. É docente do curso de especialização Gerenciamento de Sistemas e Serviços de Informação, da Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo (Fesp), desde 2004. Sua produção técnico-científica inclui a autoria e capítulos de livros, artigos em revistas nacionais e internacionais e trabalhos em diversos eventos nas áreas de Biblioteconomia e Psicologia.
Maria Imaculada Cardoso Sampaio é doutoranda do Programa de Psicologia Experimental do Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo (IP/USP), mestre em Ciência da Informação, pela Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo, e especialista em Sistemas Automatizados de Informação, pela PUC-Campinas e SIBi/USP. É chefe-técnica da Biblioteca Dante Moreira Leite, do Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo, desde 1998, onde atua como bibliotecária desde 1990. Coordenadora-técnica da BVS-Psi ULAPSI Brasil e BVS-Psi ULAPSI, representa os bibliotecários junto à União Latino-americana de Entidades de Psicologia. Coordenou o Programa de Avaliação da Qualidade dos Produtos e Serviços do Sistema Integrado de Bibliotecas da USP, de 2002 a 2009. É docente do curso de especialização Gerenciamento de Sistemas e Serviços de Informação, da Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo (Fesp), desde 2004. Sua produção técnico-científica inclui a autoria e capítulos de livros, artigos em revistas nacionais e internacionais e trabalhos em diversos eventos nas áreas de Biblioteconomia e Psicologia.
terça-feira, 22 de maio de 2012
terça-feira, 15 de maio de 2012
quinta-feira, 3 de maio de 2012
Gente de fibra – José Carrilho Viudes
Há aqui em Mirandópolis, um cidadão meio poeta que vende sorvetes. É um homem simples e tranqüilo, que conhece todo mundo, e creio que a cidade toda o conhece também.
É o senhor José Carrilho Viudes, que já tem 77 anos, mas anda lépido como um jovem, e tem pernas fortes para caminhar todos os dias de sol a sol, vendendo sorvetes.
Seu José nasceu em Penápolis, onde os pais eram lavradores, como eram todos antigamente.
Quando José tinha 4 anos de idade, a família veio de mudança para Mirandópolis. Aqui, seu pai Afonso Carrilho passou a trabalhar de carroceiro, transportando mercadorias e até pessoas, porque naquela época, não havia carros e caminhões na cidade, táxis menos ainda.
A tarefa de José e dos irmãos era cuidar de dois animais, que ficavam na manjedoura, dando-lhes comida e água. Durante uns oito anos, seu pai foi carroceiro.
Seu José se lembra que seu pai ia sempre lá perto do trevo, ao lado da lagoinha buscar carvão, que era produzido por uma grande carvoaria, e que abastecia toda a região. (Naturalmente não existia a atual via de acesso, nem asfalto e nem o trevo com a rotatória) O carvão vinha ensacado em fardos grandes, e era entregue na Casa Moreira e outros armazéns, que o revendiam para a população.
Daí uns tempos, seu Afonso passou a ser charreteiro. Nessa época, havia na cidade cerca de cinco charretes servindo a população. Havia bastante serviço para os charreteiros, que transportavam apenas um passageiro por viagem. Seu pai costumava ter clientes fixos. E transportou muitas professoras para as escolas das Alianças.
Há uma passagem interessante dessa época. O rapaz José gostava muito de pescar. De vez em quando, ele e seus pais saiam para pescar. Como não cabiam mais que duas pessoas na charrete, José ia caminhando atrás do veículo, que levava seu pai e sua mãe. Feliz, porque ia pescar. Só mais tarde, surgiram charretes de boléias maiores, que comportavam mais passageiros.
José estudou até a 6ª série, e começou a trabalhar forçado pela situação econômica da família, que se compunha de seus pais e mais seis filhos.
Foi trabalhar na Tipografia Santo Antônio de Idanir Antônio Momesso. Tinha apenas 13 anos de idade, e começou como aprendiz de Antônio Carrilho, seu irmão que já trabalhava lá. Quando esse irmão se firmou na Gráfica Gonçalves no Brás, José também se transferiu para São Paulo, e começou realmente o serviço de tipógrafo, montando chapas para as impressões.
Um dia, conheceu o Gerente da Editora Saraiva, numa barbearia e foi convidado para trabalhar lá.
A Gráfica Saraiva ficava na rua Juli, também no Brás. Lá, ele aprendeu a paginar livros. A Saraiva tinha muito trabalho de impressão. José se lembra que ajudou na impressão do Código Penal Brasileiro. Nessa época, o serviço era feito por linotipo, montando letras e textos em placas. Muitos livros publicados pela Saraiva daquela época passaram por suas mãos.
Na Saraiva, conheceu o famoso escritor Jorge Amado e o vidente espiritualista Chico Xavier. Lembra que ambos eram pessoas simples e gentis.
Após doze anos na Saraiva, transferiu-se para outra Gráfica, também no Brás. Era a Editora Abril, que produzia as revistas Capricho e Cinderela. Lá, aprendeu a lidar com fotolitos.
Em 1967, José se casou com a senhorinha Aparecida dos Santos, e se mudaram para Mauá e depois para São Caetano, no ABC paulista.
Em São Caetano, passou a trabalhar na Gráfica Líder, que produzia impressos para os serviços do comércio, como notas fiscais, recibos, faturas. Lá, trabalhou por cinco anos.
Quando faltavam seis meses para se aposentar, voltou para Mirandópolis e para a Tipografia de seu Idanir, onde ficou por cinco anos, mesmo depois do falecimento do patrão. Trabalhou também sob as ordens do herdeiro Chicão. Lá, ele montava carimbos, mas saiu para ceder o lugar para um amigo, que precisava do emprego. Então, o amigo Joaquim Alves o chamou para trabalhar na Gráfica Alves. Lá, ele ajudou a produzir o “Jornal de Mirandópolis”, que circulou por um bom tempo. O amigo Joaquim faleceu também, e seu filho Paulo assumiu a Gráfica e a comanda até hoje.
Quando considerava encerrada sua carreira de gráfico, de repente foi chamado para atuar na Gráfica Lélio em Andradina, onde ficou por sete meses. E aí encerrou a carreira de vez.
Mas, para ocupar o tempo ocioso, passou a ser cobrador de uma firma comercial da cidade, efetuando cobranças de Andradina a Lavínia. Nessa função ficou por quatro anos. Depois começou a vender sorvetes.
Há sete anos aproximadamente, ele percorre a cidade, oferecendo sorvetes à população. Diz que é feliz, porque está sempre ativo, conhece a cidade toda e tem saúde. Além disso, gosta muito de ler, escrever e declamar poemas. E gosta de conversar.
Tem dois filhos, que são trabalhadores e atenciosos com os pais. Tem três netos, todos estudando. A tristeza que carrega na alma é a perda do genro Montanheira, que faleceu recentemente, tão jovem ainda. Mesmo assim, ele faz questão de dizer e repetir que foi abençoado por Deus, pela maravilhosa esposa que possui e pelos bons filhos e netos.
Sua alma de poeta fá-lo repetir: “Os que amam vivem. Os demais são mortos que caminham”- citação de autor desconhecido.
José Carrilho Viudes, que foi gráfico, tipógrafo, é poeta, é vendedor de sorvetes, e que não consegue parar de trabalhar é gente de fibra!
Mirandópolis, novembro de 2011.
kimie oku in “cronicasdekimie.blogspot.com”
É o senhor José Carrilho Viudes, que já tem 77 anos, mas anda lépido como um jovem, e tem pernas fortes para caminhar todos os dias de sol a sol, vendendo sorvetes.
Seu José nasceu em Penápolis, onde os pais eram lavradores, como eram todos antigamente.
Quando José tinha 4 anos de idade, a família veio de mudança para Mirandópolis. Aqui, seu pai Afonso Carrilho passou a trabalhar de carroceiro, transportando mercadorias e até pessoas, porque naquela época, não havia carros e caminhões na cidade, táxis menos ainda.
A tarefa de José e dos irmãos era cuidar de dois animais, que ficavam na manjedoura, dando-lhes comida e água. Durante uns oito anos, seu pai foi carroceiro.
Seu José se lembra que seu pai ia sempre lá perto do trevo, ao lado da lagoinha buscar carvão, que era produzido por uma grande carvoaria, e que abastecia toda a região. (Naturalmente não existia a atual via de acesso, nem asfalto e nem o trevo com a rotatória) O carvão vinha ensacado em fardos grandes, e era entregue na Casa Moreira e outros armazéns, que o revendiam para a população.
Daí uns tempos, seu Afonso passou a ser charreteiro. Nessa época, havia na cidade cerca de cinco charretes servindo a população. Havia bastante serviço para os charreteiros, que transportavam apenas um passageiro por viagem. Seu pai costumava ter clientes fixos. E transportou muitas professoras para as escolas das Alianças.
Há uma passagem interessante dessa época. O rapaz José gostava muito de pescar. De vez em quando, ele e seus pais saiam para pescar. Como não cabiam mais que duas pessoas na charrete, José ia caminhando atrás do veículo, que levava seu pai e sua mãe. Feliz, porque ia pescar. Só mais tarde, surgiram charretes de boléias maiores, que comportavam mais passageiros.
José estudou até a 6ª série, e começou a trabalhar forçado pela situação econômica da família, que se compunha de seus pais e mais seis filhos.
Foi trabalhar na Tipografia Santo Antônio de Idanir Antônio Momesso. Tinha apenas 13 anos de idade, e começou como aprendiz de Antônio Carrilho, seu irmão que já trabalhava lá. Quando esse irmão se firmou na Gráfica Gonçalves no Brás, José também se transferiu para São Paulo, e começou realmente o serviço de tipógrafo, montando chapas para as impressões.
Um dia, conheceu o Gerente da Editora Saraiva, numa barbearia e foi convidado para trabalhar lá.
A Gráfica Saraiva ficava na rua Juli, também no Brás. Lá, ele aprendeu a paginar livros. A Saraiva tinha muito trabalho de impressão. José se lembra que ajudou na impressão do Código Penal Brasileiro. Nessa época, o serviço era feito por linotipo, montando letras e textos em placas. Muitos livros publicados pela Saraiva daquela época passaram por suas mãos.
Na Saraiva, conheceu o famoso escritor Jorge Amado e o vidente espiritualista Chico Xavier. Lembra que ambos eram pessoas simples e gentis.
Após doze anos na Saraiva, transferiu-se para outra Gráfica, também no Brás. Era a Editora Abril, que produzia as revistas Capricho e Cinderela. Lá, aprendeu a lidar com fotolitos.
Em 1967, José se casou com a senhorinha Aparecida dos Santos, e se mudaram para Mauá e depois para São Caetano, no ABC paulista.
Em São Caetano, passou a trabalhar na Gráfica Líder, que produzia impressos para os serviços do comércio, como notas fiscais, recibos, faturas. Lá, trabalhou por cinco anos.
Quando faltavam seis meses para se aposentar, voltou para Mirandópolis e para a Tipografia de seu Idanir, onde ficou por cinco anos, mesmo depois do falecimento do patrão. Trabalhou também sob as ordens do herdeiro Chicão. Lá, ele montava carimbos, mas saiu para ceder o lugar para um amigo, que precisava do emprego. Então, o amigo Joaquim Alves o chamou para trabalhar na Gráfica Alves. Lá, ele ajudou a produzir o “Jornal de Mirandópolis”, que circulou por um bom tempo. O amigo Joaquim faleceu também, e seu filho Paulo assumiu a Gráfica e a comanda até hoje.
Quando considerava encerrada sua carreira de gráfico, de repente foi chamado para atuar na Gráfica Lélio em Andradina, onde ficou por sete meses. E aí encerrou a carreira de vez.
Mas, para ocupar o tempo ocioso, passou a ser cobrador de uma firma comercial da cidade, efetuando cobranças de Andradina a Lavínia. Nessa função ficou por quatro anos. Depois começou a vender sorvetes.
Há sete anos aproximadamente, ele percorre a cidade, oferecendo sorvetes à população. Diz que é feliz, porque está sempre ativo, conhece a cidade toda e tem saúde. Além disso, gosta muito de ler, escrever e declamar poemas. E gosta de conversar.
Tem dois filhos, que são trabalhadores e atenciosos com os pais. Tem três netos, todos estudando. A tristeza que carrega na alma é a perda do genro Montanheira, que faleceu recentemente, tão jovem ainda. Mesmo assim, ele faz questão de dizer e repetir que foi abençoado por Deus, pela maravilhosa esposa que possui e pelos bons filhos e netos.
Sua alma de poeta fá-lo repetir: “Os que amam vivem. Os demais são mortos que caminham”- citação de autor desconhecido.
José Carrilho Viudes, que foi gráfico, tipógrafo, é poeta, é vendedor de sorvetes, e que não consegue parar de trabalhar é gente de fibra!
Mirandópolis, novembro de 2011.
kimie oku in “cronicasdekimie.blogspot.com”
História preservada
Há alguns dias atrás, minha amiga Kimie Oku mostrou-me o blog “Foto-história de Mirandópolis”.
Era um antigo desejo seu, de resgatar a história do município, através de fotos antigas. Hoje tem seu sonho realizado, com o apoio do amigo Osvaldo Resler, que abraçou a causa.
Que emoção ver as antigas ruas de terra batida, trafegadas por carroças, charretes e alguns poucos carros. Enfim, uma cidade bucólica do interior. Quantas lembranças!
Em minha memória afetiva, ficou registrado um fato, que nem sei se aconteceu realmente. Eu, pequenina, segurando fortemente a mão do meu pai, tentava atravessar a rua principal de Mirandópolis. Devia ser janeiro, a grande quantidade de barro era cortada por sulcos profundos, feitos por carroças.
Fomos a um restaurante, onde para mim é hoje as Casas Pernambucanas, e lá comi um arroz doce gelado. Na época, não tínhamos geladeira e achei o doce mais delicioso do mundo.
Teria sido verdade? Como disse Guimarães Rosa: “Contar é muito dificultoso, não pelos anos que já se passaram, mas pela astúcia que têm certas coisas passadas”.
Voltando às fotos, verdadeiro documento histórico é o retrato do primeiro carteiro da cidade, transportando a correspondência, em uma carriola de madeira. Essa foto de José Gabriel merece estar pendurada num lugar de honra no Correio da cidade.
Amigos de Mirandópolis, prestem-lhe essa merecida homenagem.
Entre as fotos que desfilaram diante dos meus olhos saudosos, revi casas de madeira hoje derrubadas, máquinas fechadas, lojas transformadas.
Reconheci a saudosa Casa Santa Glória da família de meus amigos de juventude, Calil e José Abdalla. Lembro-me que, no final da década de 70 ou início de 80, o visionário Calil quis transformar a loja da família, em um Supermercado, que já era moda nas grandes cidades.
Mas, aqui não deu certo, pois as pessoas estavam acostumadas a ser servidas pelo proprietário ou funcionários de confiança. Batiam um demorado papo com eles, e pediam para anotar a compra na caderneta. Era difícil libertar-se do velho costume; tentar encontrar sozinho o que necessitavam nas prateleiras, e depois pagar a conta num Caixa impessoal. Calil me pediu que escrevesse uma propaganda, falando sobre as vantagens do sistema de supermercados.Mas, para mim também era novidade, e não consegui escrever nada...
Para terminar esta pequena divagação, teço loas a todas as pessoas, que preservam coisas como fotos antigas, documentos, reportagens, objetos( como as delicadas porcelanas, enaltecidas em crônica por minha amiga Kimie).
Muitas vezes, essas pessoas não são entendidas. São chamadas de maníacas, juntadoras de cacarecos, apegadas ao passado. Mas, o que seria da História sem elas? Como seria difícil reconstruir o passado!
Parafraseando o grande poeta Fernando Pessoa, direi que
“Os guardadores de coisas chamadas inúteis, são mais sábias do que se julgam, guardam pequenos sonhos”.
Que, às vezes vêm à tona vendo uma foto antiga!
Mirandópolis 19 de abril de 2012.
Maria Nívea Pinto – Pesquisadora e Professora de História
Era um antigo desejo seu, de resgatar a história do município, através de fotos antigas. Hoje tem seu sonho realizado, com o apoio do amigo Osvaldo Resler, que abraçou a causa.
Que emoção ver as antigas ruas de terra batida, trafegadas por carroças, charretes e alguns poucos carros. Enfim, uma cidade bucólica do interior. Quantas lembranças!
Em minha memória afetiva, ficou registrado um fato, que nem sei se aconteceu realmente. Eu, pequenina, segurando fortemente a mão do meu pai, tentava atravessar a rua principal de Mirandópolis. Devia ser janeiro, a grande quantidade de barro era cortada por sulcos profundos, feitos por carroças.
Fomos a um restaurante, onde para mim é hoje as Casas Pernambucanas, e lá comi um arroz doce gelado. Na época, não tínhamos geladeira e achei o doce mais delicioso do mundo.
Teria sido verdade? Como disse Guimarães Rosa: “Contar é muito dificultoso, não pelos anos que já se passaram, mas pela astúcia que têm certas coisas passadas”.
Voltando às fotos, verdadeiro documento histórico é o retrato do primeiro carteiro da cidade, transportando a correspondência, em uma carriola de madeira. Essa foto de José Gabriel merece estar pendurada num lugar de honra no Correio da cidade.
Amigos de Mirandópolis, prestem-lhe essa merecida homenagem.
Entre as fotos que desfilaram diante dos meus olhos saudosos, revi casas de madeira hoje derrubadas, máquinas fechadas, lojas transformadas.
Reconheci a saudosa Casa Santa Glória da família de meus amigos de juventude, Calil e José Abdalla. Lembro-me que, no final da década de 70 ou início de 80, o visionário Calil quis transformar a loja da família, em um Supermercado, que já era moda nas grandes cidades.
Mas, aqui não deu certo, pois as pessoas estavam acostumadas a ser servidas pelo proprietário ou funcionários de confiança. Batiam um demorado papo com eles, e pediam para anotar a compra na caderneta. Era difícil libertar-se do velho costume; tentar encontrar sozinho o que necessitavam nas prateleiras, e depois pagar a conta num Caixa impessoal. Calil me pediu que escrevesse uma propaganda, falando sobre as vantagens do sistema de supermercados.Mas, para mim também era novidade, e não consegui escrever nada...
Para terminar esta pequena divagação, teço loas a todas as pessoas, que preservam coisas como fotos antigas, documentos, reportagens, objetos( como as delicadas porcelanas, enaltecidas em crônica por minha amiga Kimie).
Muitas vezes, essas pessoas não são entendidas. São chamadas de maníacas, juntadoras de cacarecos, apegadas ao passado. Mas, o que seria da História sem elas? Como seria difícil reconstruir o passado!
Parafraseando o grande poeta Fernando Pessoa, direi que
“Os guardadores de coisas chamadas inúteis, são mais sábias do que se julgam, guardam pequenos sonhos”.
Que, às vezes vêm à tona vendo uma foto antiga!
Mirandópolis 19 de abril de 2012.
Maria Nívea Pinto – Pesquisadora e Professora de História
quarta-feira, 2 de maio de 2012
terça-feira, 24 de abril de 2012
quarta-feira, 18 de abril de 2012
segunda-feira, 16 de abril de 2012
quarta-feira, 11 de abril de 2012
XXIX Sarau Cultural "Biblioteca"...
É HOJE....
XXIX Sarau Cultural "Biblioteca"
Performances em literatura, música, vídeo, textos...
Apareça... A partir das 20h.
Na Biblioteca Municipal Profª Silvina Viana Falaschi
Rua João Domingues de Souza, 239 - 18 3701-3605
Esperamos por você...
XXIX Sarau Cultural "Biblioteca"
Performances em literatura, música, vídeo, textos...
Apareça... A partir das 20h.
Na Biblioteca Municipal Profª Silvina Viana Falaschi
Rua João Domingues de Souza, 239 - 18 3701-3605
Esperamos por você...
sexta-feira, 30 de março de 2012
quinta-feira, 29 de março de 2012
Cerca de 75% dos brasileiros jamais pisaram em uma biblioteca, diz estudo
O desempregado gaúcho Rodrigo Soares tem 31 anos e nunca foi a uma biblioteca. Na tarde de ontem, ele lia uma revista na porta da Biblioteca São Paulo, zona norte da cidade. 'A correria acaba nos forçando a esquecer essas coisas.' E Soares não está sozinho. Cerca de 75% da população brasileira jamais pisou numa biblioteca - apesar de quase o mesmo porcentual (71%) afirmar saber da existência de uma biblioteca pública em sua cidade e ter fácil acesso a ela.
Vão à biblioteca frequentemente apenas 8% dos brasileiros, enquanto 17% o fazem de vez em quando. Além disso, o uso frequente desse espaço caiu de 11% para 7% entre 2007 e 2011. A maioria (55%) dos frequentadores é do sexo masculino.
Os dados fazem parte da pesquisa Retratos da Leitura no Brasil, do Instituto Pró-Livro (IPL), o mais completo estudo sobre comportamento leitor. O Estado teve acesso com exclusividade a parte do levantamento, cuja íntegra será divulgada hoje em Brasília.
Para a presidente do IPL, Karine Pansa, os dados colhidos pelo Ibope Inteligência mostram que o desafio, em geral, não é mais possibilitar o acesso ao equipamento, mas fazer com que as pessoas o utilizem. 'O maior desafio é transformar as bibliotecas em locais agradáveis, onde as pessoas gostam de estar, com prazer. Não só para estudar.'
A preocupação de Karine faz todo sentido quando se joga uma luz sobre os dados. Ao serem questionados sobre o que a biblioteca representa, 71% dos participantes responderam que o local é 'para estudar'. Em segundo lugar aparece 'um lugar para pesquisa', seguido de 'lugar para estudantes'. Só 16% disseram que a biblioteca existe 'para emprestar livros de literatura'. 'Um lugar para lazer' aparece com 12% de respostas.
Perfil. A maioria das pessoas que frequentam uma biblioteca está na vida escolar - 64% dos entrevistados usam bibliotecas de escolas ou faculdades. Dados sobre a faixa etária (mais informações nesta página) mostram que, em geral, as pessoas as utilizam nessa fase e vão abandonando esse costume ao longo da vida.
A gestora ambiental Andrea Marin, de 39 anos, gosta de livros e lê com frequência. Mas não vai a uma biblioteca desde que saiu dos bancos escolares. 'A imagem que tenho é de que se trata de um lugar de pesquisa. E para pesquisar eu sempre recorro à internet', disse Andrea.
Enquanto folheava uma obra na Livraria Cultura do Shopping Bourbon, na Pompeia, zona oeste, diz que prefere as livrarias. Interessada em moda, ela procurava livros que pudessem ajudá-la com o assunto. 'Nem pensei em procurar uma biblioteca. Nas livrarias há muita coisa, café, facilidades. E a biblioteca, onde ela está?', questiona. Dez minutos depois, passa no caixa e paga R$ 150 por dois livros.
O estudante universitário Eduardo Vieira, de 23 anos, também não se lembra da última vez que foi a uma biblioteca. 'Moro em Diadema e lá tem muita biblioteca. A livraria acaba mais atualizada', diz ele, que revela ler só obras cristãs. 'Acho que nem tem esse tipo de livro nas bibliotecas.'
Vão à biblioteca frequentemente apenas 8% dos brasileiros, enquanto 17% o fazem de vez em quando. Além disso, o uso frequente desse espaço caiu de 11% para 7% entre 2007 e 2011. A maioria (55%) dos frequentadores é do sexo masculino.
Os dados fazem parte da pesquisa Retratos da Leitura no Brasil, do Instituto Pró-Livro (IPL), o mais completo estudo sobre comportamento leitor. O Estado teve acesso com exclusividade a parte do levantamento, cuja íntegra será divulgada hoje em Brasília.
Para a presidente do IPL, Karine Pansa, os dados colhidos pelo Ibope Inteligência mostram que o desafio, em geral, não é mais possibilitar o acesso ao equipamento, mas fazer com que as pessoas o utilizem. 'O maior desafio é transformar as bibliotecas em locais agradáveis, onde as pessoas gostam de estar, com prazer. Não só para estudar.'
A preocupação de Karine faz todo sentido quando se joga uma luz sobre os dados. Ao serem questionados sobre o que a biblioteca representa, 71% dos participantes responderam que o local é 'para estudar'. Em segundo lugar aparece 'um lugar para pesquisa', seguido de 'lugar para estudantes'. Só 16% disseram que a biblioteca existe 'para emprestar livros de literatura'. 'Um lugar para lazer' aparece com 12% de respostas.
Perfil. A maioria das pessoas que frequentam uma biblioteca está na vida escolar - 64% dos entrevistados usam bibliotecas de escolas ou faculdades. Dados sobre a faixa etária (mais informações nesta página) mostram que, em geral, as pessoas as utilizam nessa fase e vão abandonando esse costume ao longo da vida.
A gestora ambiental Andrea Marin, de 39 anos, gosta de livros e lê com frequência. Mas não vai a uma biblioteca desde que saiu dos bancos escolares. 'A imagem que tenho é de que se trata de um lugar de pesquisa. E para pesquisar eu sempre recorro à internet', disse Andrea.
Enquanto folheava uma obra na Livraria Cultura do Shopping Bourbon, na Pompeia, zona oeste, diz que prefere as livrarias. Interessada em moda, ela procurava livros que pudessem ajudá-la com o assunto. 'Nem pensei em procurar uma biblioteca. Nas livrarias há muita coisa, café, facilidades. E a biblioteca, onde ela está?', questiona. Dez minutos depois, passa no caixa e paga R$ 150 por dois livros.
O estudante universitário Eduardo Vieira, de 23 anos, também não se lembra da última vez que foi a uma biblioteca. 'Moro em Diadema e lá tem muita biblioteca. A livraria acaba mais atualizada', diz ele, que revela ler só obras cristãs. 'Acho que nem tem esse tipo de livro nas bibliotecas.'
terça-feira, 27 de março de 2012
Curso de Contação de Histórias com Kiara Terra em Penápolis...
Kiara Terra é atriz e atualmente participa do programa "Quintal da Cultura" na TV Cultura.
No curso que aconteceu na cidade de Penápolis no dia 26, trouxe as possibilidades de se contar histórias de uma forma agradável, com técnica, para o deleite das crianças.
quarta-feira, 14 de março de 2012
XXVIII Sarau Cultural "Biblioteca"... VENHAAAAAAAAA...
É hoje... XXVIII Sarau Cultural "Biblioteca" - apareça e traga a sua performance em música, teatro, vídeo, poesia, textos e artes em geral.
É na biblioteca Municipal - Rua João Domingues de Souza, 239 - 18 3701-3605
Apareça e traga os amigos
a partir das 20h - até lá...
É na biblioteca Municipal - Rua João Domingues de Souza, 239 - 18 3701-3605
Apareça e traga os amigos
a partir das 20h - até lá...
quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012
terça-feira, 21 de fevereiro de 2012
segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012
terça-feira, 7 de fevereiro de 2012
XXVII Sarau Cultural Biblioteca...
É isso...
Ao ver a foto do I Sarau e saber que já estamos no XXVII... quantas emoções.
É amanhã 08 de fevereiro - 20 horas - na biblioteca
Apareça e traga os amigos
Até lá...
Ao ver a foto do I Sarau e saber que já estamos no XXVII... quantas emoções.
É amanhã 08 de fevereiro - 20 horas - na biblioteca
Apareça e traga os amigos
Até lá...
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